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TOC é simples e difícil

Tradução do artigo “TOC is Simple and Hard” de Ajai Kapoor, Partner da Goldratt Consulting.

 

“É preciso de muito trabalho duro para tornar algo simples.“

– Steve Jobs

 

Seria uma vantagem que a Teoria das Restrições (TOC) seja tão difícil de adotar? 

Eli Goldratt queria fazer da TOC o caminho principal. Isso é difícil de imaginar. Todos os que implementaram TOC entendem a dificuldade para as organizações abraçarem a mudança. Mudar do foco em custo para o foco em ganho é simples, mas não é fácil. É um trabalho árduo. 

A dificuldade é atrair as pessoas – romper ciclos de desconfiança e conflito. A desconfiança permeia uma organização focada nos custos. As pessoas tentam se tornar eficientes locais. A imagem maior não está à vista. A pressão sobre o custo gera insegurança e falta de confiança. A política e o pensamento tribal dominam. As redes sociais são mais importantes do que o mérito. Apenas o pensamento de mudar essa cultura traz à mente os desafios de fazer dois porcos espinhos se abraçarem. As pessoas são espinhosas, fáceis de se ofender, não muito abertas a críticas e protetoras de seu território. Vítimas de circunstâncias que não possuem atitude para melhorar as coisas. 

Implementar TOC significa mudar essa cultura para uma baseada em confiança, credibilidade e foco em ganhos. Um lugar onde as pessoas se comunicam abertamente e respeitosamente, as diferentes equipes são ansiosas para ajudar uns aos outros a alcançar objetivos organizacionais, os gerentes são focados na resolução de problemas e na criação de uma cultura de sucesso. As equipes desafiam premissas que os impedem de entregar valor ao cliente. Uma cultura onde o mérito e o sucesso são recompensados mais do que política. 

O coração dessa mudança de cultura é a liderança. O cérebro nesta mudança é projetar as regras, políticas e medidas que definem o sistema. O músculo é o trabalho árduo de convencer as pessoas de que o mundo pode ser diferente, que se concentrar em ganhos é mais barato do que se concentrar em custos, que a incerteza nem sempre é ruim, pode ser uma oportunidade de proporcionar valor, onde intuição, emoção e lógica podem funcionar juntos, que os conflitos podem ser resolvidos, que as pessoas são boas. E, em seguida, ensinando-lhes uma nova linguagem que facilita o crescimento dessa cultura. 

Não, definitivamente não é fácil. Imensamente valioso, simples e elegante, até mesmo evidentemente desejável. Mas não é fácil.

 Então, se fazer da TOC o caminho principal significa fazer essa cultura se espalhar por mais e mais organizações – então parece que temos um longo percurso. Mas quem sabe aceitamos essa dificuldade como realidade.

 

“Os faróis não vão percorrer por toda ilha à procura de barcos para salvar, eles simplesmente ficam brilhando.” 

– Anne Lamott

 

O que aconteceria se apenas algumas empresas possuírem força de liderança para implementar essas ideias. Se algumas empresas começam a superar seus competidores por uma margem maior que o ruído? E se a dificuldade da TOC se tornasse sua vantagem competitiva? Eles se tornariam o farol. Permaneceriam lá brilhando. Faróis que orientariam os outros para evitar perigos e encontrar porto seguro.

Se a TOC fosse como comprar software e implementá-lo, seria fácil, mas de valor limitado. A dificuldade pode ser a maior força. É uma vantagem única sobre todas as outras mais fáceis de adotar. Algo que ajudará a ganhar essa maratona ao invés de avançar no sprint. Temos que entrar no jogo a longo prazo para alcançar a meta.

 

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