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TOC: Ciências exatas e humanas

Tradução do artigo “Hard and Soft TOC” de Ajai Kapoor, Partner da Goldratt Consulting, sobre a maior conferência já realizada sobre a Teoria das Restrições (TOC), Building on Success 2017 em Utah.

 

  

Eli Goldratt disse que a Teoria das Restrições (Theory of Constraints – TOC) é aplicar a “disciplina das ciências exatas para as ciências humanas”. Estas são as ciências que precisam lidar com intenções humanas, pensamentos, crenças e decisões com toda a incerteza e imprevisibilidade que é vinculada. 

Para deixar o contraste claro – por um lado temos as soluções do Eli que elevam o fluxo e do outro lado aquelas que aumentam o foco gerencial. Na recente concluída conferência “Building on Success 2017” tivemos uma rica mistura de ambas. Apresentações da Boeing, Delta Catering, Força Aérea, Alaska Airlines, Lufthansa, DABC e muitas agências governamentais de Utah falaram sobre implementação do fluxo. Reduzindo o WIP, melhorando o Full Kit, identificando e explorando restrições, gerenciando pulmões de inventário – todas técnicas para melhorar o fluxo. Mas também tivemos uma outra serie de apresentações que abordaram liderança, definir metas ambiciosas, acreditar nas pessoas, encarar os obstáculos, coragem e confiança em relações ganha-ganha. Para fazerem a organização ter foco. 

Kristen Cox contou uma história de sua vida que deixou uma profunda marca em mim – ela falou sobre aprender a andar com um bastão quando estava ficando cega. Ela estava praticando e aprendendo com os olhos vendados. Um dos exercícios era voltar de um local distante com os olhos vendados e usar apenas o bastão dela. Não era permitido pedir ajuda (além de fazer uma pergunta). Enquanto ela estava realizando esse exercício, em um dado momento ela estava em um parque tentando achar a saída e ficando cada vez mais frustrada. Ela finalmente parou sem saber como continuar. Seu treinador veio a ela e disse “Kristen, enquanto você estiver parada, você não estará conseguindo nenhuma nova informação. Somente dando um passo para à incerteza e o desconhecido você estará descobrindo mais.” 

Essa é uma história tão profunda. Ela ensina, inspira e comunica a verdade. Sem dar um passo para o desconhecido, nós não iremos aprender ou saber mais. Nós estaremos presos. Isso cria uma urgência em nós para agir e aprender. Achando meios de mover as pessoas para superar sua inércia. Para achar motivação para alcançar as metas que estão além de nosso domínio.

O general Busch contou sua história. Ele assumiu o comando e tinha que descobrir como fazer a diferença em um tempo limitado que tinha, 2 anos em um posto militar. Ele falou sobre a ansiedade que sentia quando forçado a achar um caminho pelo desconhecido. Ele comentou brincando em situações onde “Eu tive que respirar em um saco de papel” e então tomar uma decisão. Ele falou sobre sua luta em delegar a subordinados coisas que teriam impacto em sua reputação pessoal. Como ele aprendeu a confiar neles e trabalhar através de outros. Outro exemplo de liderança.

Charles Toups da Boeing falou sobre sua experiência ao implementar as ideias de TOC. Ele falou sobre simplificação. Facilitar cada vez mais seu entendimento. Ele falou sobre a importância de definir “metas agressivas”. De definir metas que não poderiam ser alcançadas por continuar fazendo as mesmas coisas. De introduzir na empresa a convicção que há uma maneira de melhorar qualquer situação significativamente. David Garrison da Delta Airlines falou sobre a jornada da “From Frustation to Opportunity” (Da frustração à oportunidade). Mudando a crença e confiança na organização enquanto eles implementavam TOC.

Dr. Hirotoshi Uehara, vice-presidente da Panasonic Automotive, falou sobre sua experiência de competir no “oceano vermelho”. Sua jornada pessoal para aprender maneiras de evitar essa situação e encontrar um caminho diferente. Como ele está usando TOC agora para criar inovação em produtos que a Panasonic está projetando.

Essas são histórias dos aspectos suaves da liderança. De mudar a cultura, inspirar pessoas, fazer com que elas realizem coisas que não pensavam ser possível, de experimentar afim de aprender e crescer. Essas são histórias poderosas.

Rami Goldratt apresentou a essência do pensamento de Eli do livro “A Escolha”. Essa é a receita de Eli para pensar claramente e perseguir uma vida plena. Ele falou sobre as crenças que são essenciais para evitar as armadilhas que bloqueiam os outros de encontrar as soluções que Eli conseguiu encontrar. Esse é o lado suave de TOC – o sistema de crença que capacita os líderes à inspirar. Há uma questão de saber se estas são crenças verdadeiras sobre o mundo ou apenas eficazes para nos fazer pensar. Em certo ponto essa questão não é realmente relevante. No fim das contas, a eficácia das crenças é o teste de sua verdade.

 

  • Realidade é inerentemente simples
  • Pessoas são boas
  • Não existem conflitos na realidade
  • Nunca diga “eu sei”. Toda situação pode ser significativamente melhorada

 

Refletindo de volta sobre a conferência, eu percebi que os aspectos suaves de gestão são ainda as partes difíceis de gestão. Os líderes que abraçaram a TOC trouxeram suas próprias qualidades de liderança, sem as quais nenhuma das ciências exatas funcionaria. Mas o poder do trabalho de Eli é que as soluções que surgem pelo sistema de crenças fundamentando na TOC tocam e realçam o que há de melhor nesses líderes. Inspirador e motivador e ainda prático e eficaz.

 

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